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Os usuários da Internet não entendem segurança e privacidade!

[#20anosCGIbr] "Funcionalidade, Segurança e Estabilidade", com Yurie Ito e Maarten Van Horenbeeck (Pode 2024)

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Anonim

Em uma pesquisa internacional conduzida pelo Centro de Governança Internacional e Inovação (CIGI) - um think tank baseado no Canadá, a maioria dos entrevistados era contra a noção de darknet. A amostra da pesquisa consistiu de 24.000 usuários da Internet, que pertenciam a 24 países, incluindo Austrália, Brasil, Canadá, China, Egito, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hong Kong, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Quênia, México, Nigéria, Paquistão, Polônia, África do Sul, Coréia do Sul, Suécia, Tunísia, Turquia e Estados Unidos, etc.

A darknet está enfrentando oposição hostil em países como a Índia, a Indonésia e o México. Quase 80% dos entrevistados desses três países sustentaram o ponto de vista de que o darknet deveria ser eliminado. Mais de 72% dos entrevistados americanos e australianos compartilharam opiniões semelhantes em conexão com a darknet.

Quando se trata de vigilância, mais de 20% dos respondentes (26%, para ser preciso) opinaram que não tinham confiança nas chamadas práticas de vigilância terceirizadas ou federais. As agências de vigilância terceirizadas não devem ter permissão para monitorar a comunicação de um usuário individual ou outras atividades relacionadas à Internet, segundo os entrevistados.

Pelo contrário, uma média de 8, 47% dos entrevistados sustentou que as agências de vigilância devem ter o direito de monitorar as atividades online de um usuário da Internet. Os entrevistados, que favoreceram a vigilância federal, pertenciam à Tunísia (27%) e ao Paquistão (21%).

A maioria dos indivíduos, que participaram da pesquisa, interpretou o darknet como uma fonte de promoção da vulgaridade.

É interessante notar que a maioria dos usuários da Internet que participaram da pesquisa, não tinha ideia sobre o que é a segurança e a privacidade da criptografia, ou se ela protege transações on-line e identidade na web. Mais de 60% dos internautas americanos e outros 60% dos entrevistados disseram que as empresas de tecnologia não têm o direito de desenvolver aplicativos de monitoramento para proteger as agências de segurança contra acesso aos dados pessoais on-line dos usuários da Internet.

É surpreendente que 70% dos entrevistados sejam da opinião de que as agências de vigilância terceirizadas devem ter o direito de acessar as informações de internautas por algum motivo válido, como a segurança nacional. Enquanto isso, apenas 30% dos entrevistados discordaram. A noção de motivos válidos variou entre os internautas da pesquisa.

Um dos aspectos mais interessantes da pesquisa foi que os entrevistados da Turquia (45%) e do Brasil (41%) não tinham confiança nas estratégias de vigilância federais. Esta percentagem é bastante elevada em comparação com outros países desenvolvidos, como os Estados Unidos da América (31%), a França (29%) e a Austrália (25%). Entrevistados de quatro países, incluindo Coréia do Sul, Alemanha, Hong Kong e Japão (40%, para ser preciso) mostraram seu ressentimento sobre o motivo das agências de segurança nacional para acessar os dados pessoais de usuários individuais da Internet.

Os resultados desta pesquisa em particular destacam o fato de que os usuários comuns da Internet mantêm uma diferença de opinião em relação a seus respectivos governos, quando se trata de sua própria privacidade e segurança na web. Eles só tendem a apoiar a vigilância federal quando existe uma razão válida que atenda às necessidades de segurança nacional.